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Ana Cristina Silva

Nasci em Lisboa sou docente universitária no ISPA-IU há 31 anos. Doutorei-me em Psicologia da Educação e desenvolvi muita investigação na área da leitura e da sua aprendizagem.

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Escrevi até ao momento 15 romances. Cartas Vermelhas (2011), Oficina do Livro,  foi selecionado como Livro do Ano pelo jornal Expresso e finalista do Prémio Literário Fernando Namora. O Rei do Monte Brasil (2012), Oficina do Livro, foi finalista do Prémio SPA/RTP e do Prémio Literário Fernando Namora, e vencedor do prémio Urbano Tavares Rodrigues.  A Segunda Morte de Anna Karénin  (2013), Oficina do Livro, foi finalista do Prémio Literário Fernando Namora. Em 2017, A Noite não É Eterna venceu o Prémio Fernando Namora. Em 2020 publiquei Rimbaud, o Viajante e o seu Inferno, Exclamação, que foi finalista do prémio Oceanos. 

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Tenho livros traduzidos no México, Peru, Alemanha, Croácia e Sérvia. Três dos meus romances estão também publicados no Brasil.

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Livros

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À PROCURA DA MANHÃ CLARA

Romance

Bertrand, 2022

Annie Silva Pais, filha de Armanda e Fernando Silva Pais, trocou o marido e uma vida confortável na sombra do Estado Novo pelos ideais da revolução cubana. E por amor. Assumiu paixões tão ardentes como o fogo revolucionário e tornou-se tradutora e intérprete, membro confiado da equipa de Fidel Castro, à qual pertenceu até morrer. Para trás deixou a família e Portugal, onde regressou apenas em 1975, em trabalho e também para interceder pela libertação de seu pai, que nunca deixou de amar. Silva Pais foi o último diretor da PIDE.

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Que mulher foi Annie? O que a motivou? O que leva uma filha do regime - filha de um dos homens fortes do regime -, casada com um diplomata suíço, a largar tudo e encontrar um propósito como militante da revolução cubana? Mais: o que guardava o seu coração?

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Ana Cristina Silva combina realidade e ficção num romance tão sedutor como a figura desta mulher. Pesando factos e indícios, oferece-nos um retrato pleno de intimidade - e humanidade - numa irresistível galeria de personagens, de entre as quais sobressai Che Guevara, o grande amor de Annie.

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RIMBAUD, O VIAJANTE E O SEU INFERNO

Romance Biográfico

Exclamação, 2020

Romance biográfico sobre a vida de Rimbaud, narrado do ponto de vista do poeta, da sua mãe, da irmão, de Verlaine e da mulher de Verlaine.

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«A infelicidade existia na paz das coisas familiares, por isso, tinha sempre vontade de partir. Há quem pinte cavaleiros luminosos em cima de garbosos cavalos, Arthur teria sempre vontade de os montar. Nada nem ninguém o conseguia reter. Arthur talvez não tivesse disso consciência, mas, em cada viagem, procurava preencher a distância que o separava do amor. a sua busca era sempre a mesma: como alimentar o fogo da paixão para que ele ardesse eternamente? Evidentemente, não sabia a resposta.»
 

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BELA

Biografia Ficionada

Ambar, 2005

Bertrand, 2020

A 8 de dezembro de 1930, Florbela Espanca tirou a própria vida. Era o dia do seu aniversário. Fazia 36 anos.

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A vida de Florbela é um retrato de um espírito criativo, insatisfeito, complexo, com laivos de luz e sombra no Portugal na viragem do século XX.

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Nesta biografia ficcionada, Ana Cristina Silva faz mais do que contar-nos a história de Florbela, abre-nos a porta para os seus sentimentos, pensamentos e paixões.

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Florbela foi uma mulher não convencional, que ousou viver plenamente, ainda que muitas vezes tenha sido infeliz. Encontrou na poesia, desde tenra idade, a natural expressão das suas paixões, das suas mágoas, de um erotismo sublime e sempre, sempre da procura do Grande Amor. Recusou viver pela moral dos outros e teve a coragem de abrir o seu próprio caminho.

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AS LONGAS NOITES DE CAXIAS

Romance

Planeta, 2019

Um romance poderoso e emocionante sobre duas mulheres que viveram intensamente a ditadura. Leninha, a mais temida e poderosa figura feminina da polícia política portuguesa: a PIDE; e Laura, uma das vítimas que mais sofreu às mãos da terrível agente. Baseado na vida de uma figura tão terrível como fascinante: a mulher que chegou mais alto na hierarquia da PIDE, ainda hoje uma grande desconhecida para a maioria dos portugueses.

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SALVAÇÃO

Romance

Parsifal, 2018

A morte da mulher lança um escritor num mar de sofrimento. Para lidar com a dor do luto, escreve um romance histórico. A sua personagem principal, David Negro, é um médico judeu que tem de fugir de Lisboa depois da condenação da mulher pela Inquisição.

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A par de constituir um extraordinário fresco do século XVII, ambientado em Lisboa, Amesterdão e Hamburgo e pelo qual passam algumas das grandes figuras como o filósofo Uriel da Costa, o médico Rodrigo de Castro ou o mercador Diogo Sampaio, este livro é ainda um retrato da sociedade actual, com as suas inquietações ancestrais (a perda, a culpa, a redenção…), mas também com os novos desafios, como o autoproclamado Estado Islâmico.

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Romance intimista e envolvente, Salvação é uma obra intensa sobre a capacidade de voltar a acreditar, sobre a redenção que a escrita permite e sobre o fanatismo das grandes religiões. Mas é também, e sobretudo, a confirmação de Ana Cristina Silva como uma das mais originais e possantes escritoras da actualidade.

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A NOITE NÃO É ETERNA

Romance

Oficina do Livro, 2016

A Roménia, sob o jugo do ditador Nicolae Ceausescu, atravessa um dos piores períodos da sua história, com a população a enfrentar a fome e dominada pelo terror. Seguindo as orientações do Presidente para a criação de um exército do povo no qual os soldados seriam treinados desde crianças, Paul, um ambicioso funcionário do partido, decide levar de casa o filho de três anos e entregá-lo aos cuidados do Estado.

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Quando a mãe se apercebe do desaparecimento do pequeno Drago, o desespero já não a abandonará, bem como o firme desejo de acabar com a vida do marido.

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Correndo riscos tremendos, Nadia não desistirá, porém, de procurar o menino, ainda que para isso tenha de forjar uma nova identidade, de fazer falsas denúncias, de correr os orfanatos cujas imagens terríveis chocaram o mundo e até de integrar uma rede que transporta clandestinamente crianças romenas seropositivas para o Ocidente. Mas será que o seu sofrimento pode ser apaziguado enquanto Paul for vivo? Enquanto o ditador for vivo?

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A MULHER TRANSPARENTE

Romance

Oxalá, 2016

Gótica, 2004

Clara pensava que estava a casar com um homem de sonho que a resgataria da miséria material e afectiva da sua infância. Mas o que ela pensava vir a ser um casamento feliz foi-se transformando lentamente no pior dos pesadelos, e a sua vida passou a ser marcada pela agressão física e psicológica.

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Ferida e desesperada, Clara chega a planear o assassínio do marido para se libertar e impedir que o filho cresça naquele ambiente de violência. Os seus planos sofrem uma inesperada reviravolta.

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​Este é um romance, escrito numa prosa arrebatadora por uma das melhores autoras portuguesas do romance psicológico, prende da primeira à última página, relatando o drama da violência doméstica.

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A SEGUNDA MORTE DE

ANNA KARENINA

Romance

Oficina do Livro, 2013

Violante tinha, desde criança, um talento raro para a representação e, com a ajuda de Luis Henrique, um grande actor com quem acabou por se casar, tornou-se uma das mais aplaudidas actrizes portuguesas do princípio do século XX. Contudo, os que a vêem brilhar e afirmar o seu génio no palco dos maiores teatros nacionais desconhecem o terrível segredo que minou a sua vida e levou para longe o marido numa noite que podia ter acabado em tragédia. Agora, que Violante visita, longe da multidão, o jazigo de Rodrigo - um jovem oficial português caído na guerra das trincheiras em França -, espera finalmente sentir o desgosto da mãe que não chegou a ser, mas descobre que o filho que não criou carregava, afinal, no peito um peso tão grande ou maior do que o seu. E, com o espectro das recordações que essa revelação desencadeia, regressa também inesperadamente o próprio Luís Henrique, desejoso de obter, ao fim de tantos anos, a resposta que Violante não lhe pôde dar. O problema é que, numa conversa entre dois actores de excepção, nunca se sabe exactamente o que é verdade.

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A Segunda Morte de Anna Karénina é um romance sobre o amor sem limites, a traição e os custos da vingança - e também uma obra arrojada sobre as tensões homossexuais reprimidas, sobre as vidas desperdiçadas de tantos portugueses na Primeira Guerra Mundial e sobre as diferenças - se é que existem - entre o teatro e a vida real.

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O REI DO MONTE BRASIL

Romance

Oficina do Livro, 2012

Em finais do século XIX, o oficial de cavalaria Joaquim Mouzinho de Albuquerque interna-se, ao serviço do rei D. Carlos, no coração de África com o objectivo de subjugar as tribos à administração colonial portuguesa; para isso, porém, queima aldeias inteiras, mata os insubmissos e, desobedecendo a ordens superiores, captura com espectacularidade o detentor de um império vastíssimo, Gungunhana, que traz para Portugal como troféu e acaba exilado nos Açores até ao fim dos seus dias.

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Apesar de recebido pelo povo e aclamado pela imprensa como um herói da pátria, a crítica ao comportamento pouco ético de Mouzinho nos corredores do Paço, a indiferença do governo em relação aos seus planos para África e a paixão nunca abertamente confessada por D. Amélia acabam por levá-lo ao suicídio. Mas, se a notícia escandaliza o País, a verdade é que é lida com entusiasmo e sentimento de justiça por um Gungunhana já velho e destroçado, que passa os dias escondido na floresta do Monte Brasil, o local que encontrou na ilha Terceira… que mais se assemelha à terra dos seus antepassados. Com uma alternância de vozes narrativas que nos oferecem duas versões muito distintas do mesmo conflito, O Rei do Monte Brasil explora as memórias dos seus protagonistas às vésperas da morte, ilustrando-nos sobre a sua infância, as suas paixões marcantes, as atrocidades para as quais encontram sempre justificação e, de certa forma, a reflexão sombria sobre a decadência e a glória perdida.

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CARTAS VERMELHAS

Romance

Oficina do Livro, 2011

Nascida em Cabo Verde de família branca e abastada, Carol nunca se resignou à miséria das ilhas. E, movida pelo sonho de construir uma sociedade mais justa, ingressou ainda jovem no Partido Comunista. Não se importando de usar a beleza como arma ideológica, abraçou a luta revolucionária, apaixonou-se por um camarada e ficou grávida pouco antes de ser presa. Foi a sua mãe quem tratou de Helena nos primeiros tempos, mas, depois de libertada, Carol levou-a para Moscovo, onde trabalhou nas mais altas esferas do Comintern. Aí, o contacto com as purgas estalinistas não chegou para abalar as suas convicções, mas o clima de denúncia e traição catapultou-a para o cenário da Guerra Civil espanhola, obrigando-a a deixar Helena para trás; e, apesar de ter escapado aos fuzilamentos franquistas, a eclosão da Segunda Guerra Mundial impediu Carol de voltar à União Soviética para ir buscar a criança. Será apenas vinte anos mais tarde que mãe e filha se reencontrarão em Berlim; mas a frieza e o ressentimento de Helena farão com que, na viagem de regresso a Lisboa, Carol decida escrever um romance autobiográfico com o qual a filha possa, se não perdoar-lhe, pelo menos compreender as circunstâncias do abandono, a clandestinidade, a prisão, a guerra, a espionagem e o inconcebível casamento com um inspector da polícia política. Inspirado na vida de Carolina Loff da Fonseca, este romance extremamente empolgante vai muito além dos factos, confirmando Ana Cristina Silva como uma das mais dotadas autoras de romance psicológico em Portugal.

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Al-Mu’ Tamid nasceu em Beja, em 1040.

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Nessa época, a poesia e a cultura floresciam nas cortes árabes, mas após a queda de Córdova, o Sul de Espanha fragmentara-se em inúmeras taifas que se digladiavam entre si ao sabor das aspirações de poder e de prestígio. Herdeiro de uma das mais poderosas dinastias então reinantes que governava Sevilha, Al-Mu’ Tamid era um homem de índole benévola, amante de tertúlias, e um dos mais notáveis poetas do al-Andaluz. Nesta crónica ficcionada, escrita já no exílio pelo Rei-Poeta, Ana Cristina Silva, para além dos acontecimentos trágicos que marcaram o seu reinado, leva-nos a imaginar como terá sido, intimamente, o homem que teve de encarnar a personagem que ficou para a história.

CRÓNICA DO REI POETA

AL-UM TAMID

Romance

Presença, 2010

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A personagem central deste romance, D. Simoa Godinho, é uma das figuras históricas mais intrigantes e misteriosas da Lisboa do século XVI. Tendo nascido em S. Tomé, no seio de uma família rica de fazendeiros, acabaria mais tarde, já casada com o fidalgo Luís de Almeida, por vir viver para a capital do reino, onde viria a expressar o seu carácter profundamente humano através de inúmeras obras de solidariedade, nomeadamente junto da Misericórdia. Ficamos a conhecer toda a sua vida - a infância e juventude no exotismo de S. Tomé, a paixão por Luís de Almeida, a sua influência na sociedade lisboeta da época neste romance soberbo que tão bem soube captar as múltiplas nuances desta personalidade que tem apaixonado sucessivas gerações de historiadores.

A DAMA NEGRA DA ILHA DOS ESCRAVOS

Romance

Presença, 2009

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Numa altura em que os romances históricos são cada vez mais procurados pelos leitores, a Editorial Presença publica o primeiro romance de uma autora portuguesa onde realidade e ficção se entrelaçam brilhantemente. Esta história desenrola-se ao longo do século XVI, numa época em que o medo e a denúncia são constantes, em que as perseguições e os massacres se sucedem e a Inquisição é imposta em Portugal. Sara de Leão, protagonista e neta de uma família judaica portuguesa, é presa num calabouço, em Évora, acusada de práticas judaizantes. Para se conseguir evadir da penosa situação em que se encontra, Sara refugia-se no passado recordando a sua avó Ester Baltasar, que lhe transmitiu a história e a doutrina do seu povo. Uma obra envolvente, através da qual ficamos a conhecer esta extraordinária saga familiar, as suas vicissitudes, a coragem e a solidariedade que várias gerações revelaram face ao terror que as ameaçava.

AS FOGUEIRAS DA INQUISIÇÃO

Romance

Presença, 2008

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Um velho oficial que carrega a morte na alma por causa da guerra colonial e uma pintora que usa a arte para descobrir os seus fantasmas consultam o mesmo psicanalista. No diminuto espaço de um consultório, à meia- luz, a vida dos três personagens vai-se entrelaçando, sem contudo se tocar. Entre o horror da Guerra Colonial e a descoberta de um terrível segredo, o analista vai-se esquecendo do ofício de analisar.

À MEIA-LUZ

Romance

Ambar, 2006

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Partindo de uma série de Cartas que Soror Mariana Alcoforado teria escrito, já numa idade muito avançada ao Marquês de Chamily, a freira portuguesa relata a sua vida desde que, aos 10 anos, foi fechada num convento para não mais sair.

MARIANA, TODAS AS CARTAS

Romance

Gótica, 2002

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