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Célia Correia Loureiro

Nasci em Almada, em 1989. Formei-me na ESHTE em Informação Turística, com o objetivo de me tornar Guia-Intérprete Nacional. Uma vez concluído o curso, e cheia de medo de enfrentar turistas em língua estrangeira, aceitei uma posição como Técnica de Turismo, profissão que exerci durante mais de 9 anos. Depois veio a pandemia e, com isso, fiz um reset na minha vida. Experimentei as maravilhas de trabalhar em casa, fiquei mal-habituada. Em 2021 recebi um convite para traduzir um clássico canadiano, e a experiência foi tão gratificante que desde aí não parei de traduzir. Trabalhei em títulos como A Hipótese do Amor, Abelhas Cinzentas, Buracos Negros - A Chave para Compreender o Universo e Lore Olympus, Contos do Olimpo. Desde 2011 que publico os meus romances, e tenciono continuar a fazê-lo até ser muito, muito velhinha.

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Livros

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NO TEMPO DAS CEREJAS

Romance

Aurora, 2024

Um romance histórico profundo e apaixonante sobre a complexidade das relações humanas, que consolida Célia Correia Loureiro como uma voz surpreendente da nova geração.

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Em 1947, Serafim Almeida - repórter em Londres e aspirante a novelista - regressa à Lisboa do pós-guerra e encontra uma metrópole vibrante. É então que recebe um convite inusitado de Irene Silva Vaz, uma cantadeira de fado com uma vida peculiar.

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A curiosidade leva-o a percorrer Lisboa na companhia da fadista, enquanto esta procura expiar os seus fantasmas junto do velho repórter, pedindo-lhe que transforme as suas confissões num livro. Ao longo desse verão, Serafim ver-se-á enredado na sua teia intrincada de relatos de infância, de amores e ódios, de segredos familiares e, acima de tudo, da amizade tortuosa que Irene manteve com Helena Sousa - a costureira que parece assombrar todas as histórias da cantadeira.

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ATÉ OS COMBOIOS ANDAM AOS SALTOS

Romance

Edição de Autor, 2021

Uma mulher prestes a completar 30 anos está no aeroporto de Barajas à espera do voo para Lisboa. Tem um bloco de notas e um lápis, pelo que começa a registar tudo o que vê ao redor, assim como o muito que tem por resolver. Num monólogo intimista e cru, sem cair no politicamente correto, os pensamentos desta mulher ameaçam fundir-se com os do leitor comum.

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«— Pai, alguma vez pensaste, um dia que morresses, se querias ser enterrado ou cremado?

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Pestanejei, ele disse aquilo com imensa convicção.

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— Cremado, com uma cebolinha refogada, no Fausto é barato — é o restaurante onde íamos buscar cozido ao domingo, às vezes. (...) — Mas eles são uns chulos.»

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«Percebeu que a mãe chorava – mais do que um choro, eram uivos contidos, quem sabe uma tentativa de que as filhas não se apercebessem da discussão – e o coração de Luísa encolheu-se e sofreu um tombo. Parecia-lhe que, ao cabo de catorze anos em que vira a mãe deambular sobre a terra com a infelicidade estampada no rosto, por fim essa infelicidade ganhava voz e quebrava-lhe o peito, rasgava-lhe as entranhas, expunha-lhe a alma danificada.»

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Três irmãs juntam-se para o funeral da mãe e, a seu pedido, vão esmiuçar os segredos da família. Num tom confessional e intimista, o reencontro das irmãs obriga-as a repensar o presente e a procurar resolver o passado.

O FUNERAL DA NOSSA MÃE

Romance

Edição de Autor, 2021

Alfarroba, 2012

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OS PÁSSAROS

Romance

Coolbooks, 2020

Volvidos seis anos da separação, Diogo e Manuela refletem, em voz alternada, sobre os acontecimentos que levaram a esse desfecho. Ao ritmo a que a mágoa lhes permite recordar, vão revelando os contornos do seu trauma indizível num discurso intimista e confessional. É-lhes vital esquecer, superar. Mas será que ainda há vida depois de uma perda desta dimensão?

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«Um breve encontro de mãos. O corpo a ser-me cingido num abraço e depois largado. Os olhos envenenados de sonhos e o teu pai à distância, a repelir-me, a fugir-me por entre os dedos. Água a escapar-se-me da palma da mão. A boca dele era o Pacífico no seu ponto mais profundo, onde a Terra é um abismo de escuridão e de pressão indomável. Eu desejava-o, irracional e imoralmente, inconsciente do que era a ânsia física e do muito que me entorpecia cada movimento. Era jovem e crente. O tempo revolve-se como uma onda sobre esse desejo enterrado, que ainda pulsa. Lateja sete palmos abaixo da superfície. Somando todos os meus dias, vejo que tudo o que foi meu se agita sob pazadas de terra. Um império de pó.»

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UMA MULHER RESPEITÁVEL

Romance

Marcador, 2016

Pouco depois de se casar, a sorte do conde de Cerveira sofre um revés. Uma série de infortúnios deixam-no à beira da ruína financeira, e não demora muito para que comece a desconfiar dos intentos da estranha de beleza intrigante que desposou. Perante a dúvida, decide enviar Leonor Sanches para um exílio temporário junto do tio, que ensina no prestigiado Trinity College, em Dublim. Conforme a epidemia de cólera vai ceifando as vidas de cristãos e anglicanos na Irlanda, também o coração de Leonor Sanches se oferece à tragédia.

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Cinquenta anos depois de perder o seu bem mais precioso para as tropas de Napoleão, Mariana Turner sente que está a um passo de descobrir toda a verdade sobre os acontecimentos de março de 1809. Novas revelações apontam para que a condessa de Cerveira, encarcerada no Porto, seja a chave para resolver o mistério. Munida de uma determinação inabalável, tudo fará para conseguir deslindar o passado de Leonor Sanches – fidalga e anjo caído.

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Quando D. João tece a união da sua única filha, Mariana de Albuquerque, com o seu melhor amigo - um inglês que investiga o potencial comercial do vinho do Porto -, não prevê a espiral de desenganos e provações que causará a todos. Mariana tem catorze anos e Daniel Turner vive atormentado pela sua responsabilidade para com a amante. Como se não bastasse, o exército francês está ao virar da esquina, pronto a tomar o Porto e, a partir daí, todo o país. No seu retiro nos socalcos do Douro, Mariana recomeça uma vida de alegrias e liberdade até que um soldado francês, um jovem arrastado para um conflito que desdenha, lhe bate à porta em busca de asilo. Daniel está longe, a combater os franceses, e Gustave está logo ali, com os seus ideais de igualdade e o seu afecto incorruptível, disposto a mostrar-lhe que a vida é mais do que um leque de obrigações.

A FILHA DO BARÃO

Romance

Marcador, 2014

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DEMÊNCIA

Romance

Alfarroba, 2011

Numa pequena aldeia beirã, duas mulheres de gerações diferentes leem o seu destino nas mãos de um mesmo homem: Letícia foi vítima de um marido ciumento e manipulador, e Olímpia é a mãe extremosa desse agressor.

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Mas quando Letícia regressa para assistir Olímpia, aos primeiros sinais de demência, os traumas que traz na bagagem ameaçam estilhaçar o silêncio conivente dos aldeões. Ainda que ostracizada, Letícia esforça-se por esquecer os tumultos do seu casamento, enquanto Olímpia pede ajuda ao amigo de infância, Sebastião, para reconstruir as próprias memórias e entender o que se passou com o seu único filho.

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Demência traz-nos, através das vivências destas duas mulheres, a dura realidade de um Portugal rural e ainda tendencioso, e faz-nos repensar o significado de família e de comunidade, de inocência e de culpa.

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