top of page

Gabriela Ruivo

Nasci em Lisboa e vivo em Londres desde 2004. Venci o prémio LeYa em 2013 com o romance Uma Outra Voz (LeYa, 2014), distinguido com o PEN Clube Português Primeira Obra em 2015 e publicado no Brasil em 2018. Entre 2016 e 2020 participei em várias antologias de poesia e conto. Publiquei A Vaca Leitora (D. Quixote, 2016), Aves Migratórias (Poesia, On y va, 2019), Espécies Protegidas (contos, On y va, 2021) e Uma Mulher de Palavra (poesia, edição de autor, 2022). Traduzi o livro A Cabana do Tio Tom (Uncle Tom’s Cabin), de Harriet Beecher Stowe (Sibila Publicações, 2020). Dirijo a Miúda Children’s Books in Portuguese, uma livraria online sediada no Reino Unido, especializada em literatura infanto-juvenil escrita em português. Sou presidente do conselho cultural da AILD no Reino Unido, e co-fundadora dos projectos Mapas do Confinamento (www.mapasdoconfinamento.com) e Portuguese in Translation Book Club (www.pintbookclub.com). O meu mais recente romance, Lei da Gravidade, escrito ao abrigo de uma bolsa de criação literária da DGLAB e Ministério da Cultura, foi publicado em Setembro de 2023 pela Porto Editora.

IMG_20220416_141618.jpg

Livros

capa_lei_da_gravidade.png

LEI DA GRAVIDADE

Romance

Porto Editora, 2023

NOMEADO PARA O PRÉMIO UNIÃO EUROPEIA DE LITERATURA 2024​

​

O que terão em comum um velho à beira da morte numa cama de hospital, o escritor de um bestseller, um pré-adolescente inquieto e um menino de dois anos com um fascínio por livros? Que destino espera as amigas Maria Ana e Ana Maria – o espelho uma da outra? Conseguirá uma livrar-se do marido agressor, e a outra do sofrimento da perda? E Marinela? E Mariana? E a mãe solteira que existe em todas elas, fruto de um abandono continuado? E o pai, protagonista do descalabro? E o futuro, que teima em ser passado, e o passado, que teima em ser futuro?


O tempo é o grande mistério. É ele que se ri de nós do outro lado do espelho, no reflexo onde procuramos o sentido da existência e que teima em nos devolver a imagem do absurdo. É também ele que perpetua um incessável padrão de violência, que faz com que a mesma história se repita uma e outra vez, lutando contra a esperança do leitor de que o ciclo, por fim, se quebre.


Neste ousado e original romance, Gabriela Ruivo oferece-nos com maestria um universo alternativo onde o tempo se sujeita à lei da gravidade – a força motriz que agrega passado, presente e futuro, e dissolve os contornos da realidade – e convida-nos a explorar outros mundos no interior dos conceitos de espaço e de tempo e, em última análise, da própria Literatura.

Críticas

 

“A escrita é estrondosa, clara e incisiva, desvendando o que compõe o sofrimento, escalpelizando a dor de uma forma tão clara que a transforma em natural, apelando à auto-aceitação e à superação do próprio leitor, qualquer que seja a sua própria existência, convidando-o a integrar a dor como parte da vida e condição para a (re)criação artistica ou tão só existencial.”

​

Francisca Moura, DEUS ME LIVRO​

​

“Em universos coincidentes, paralelos, onde o jogo em espiral é também um jogo de espelhos, Lei da Gravidade mostra o encontro e desencontro da vida, o logro que uma pessoa pode criar para a sua própria sobrevivência, mas sem conseguir arranjar a coragem para mudar o passado e com isso alterar o seu futuro. Um homem fruto e testemunha de violência, conhecedor da dor feminina e do seu prazer, mas ao mesmo tempo, responsável pela sua perpetuação, e uma série de mulheres, todas personagens principais da sua vida, causadoras de todo o mal, e provocadoras da ilusão de mudança.”

​

Cláudia Paiva Silva, REVISTA RUA​

​

“Lei da Gravidade é um livro exigente como uma partida de xadrez. Pede ao leitor empenho e a maior atenção aos pormenores, nos quais reside muito do que verdadeiramente importa para a compreensão da história. É um daqueles livros que se adensam no virar de cada página, fazendo crescer a expectativa quanto ao seu desenlace e levando o leitor a não querer adiar o final até ser senhor da história completa. Gabriela Ruivo, de quem li (e reli) o excelente “Uma Outra Voz”, tem uma escrita deveras inteligente, não apenas pelo ritmo que imprime aos acontecimentos, mas sobretudo pela forma como dispõe as personagens e as vai movendo neste particular tabuleiro (interessante o facto de a generalidade dos capítulos ter por título as personagens e de estes se irem repetindo, como peças que vão sendo mexidas uma e outra vez). Provar que é possível um mesmo movimento poder ser feito, em simultâneo, por mais do que uma peça, é a grande proeza do livro. Uma partida feita de lances emotivos e com um cheque-mate absolutamente genial."

​

Joaquim Margarido no blogue ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE...

capafinal.png

Uma Mulher de Palavra reúne um conjunto de poemas e prosa poética bastante diversificado, um livro onde Gabriela Ruivo explora alguns dos temas inerentes à sua escrita – a condição da mulher, a ambivalência afectiva e a introspecção e reflexão onírica, entre outros. Uma Mulher de Palavra nasceu da necessidade de amadurecer o registo poético da autora, em diálogo com amplitudes diversas e menos ortodoxas da poesia. Nestas páginas, encontramos espelhos que reflectem as vicissitudes da alma humana – uma poética mente – uma teia onde o eu-narrador se desdobra, multifacetado, num registo primariamente introspectivo, em que se imprime a marca indelével da realidade mundana.

UMA MULHER DE PALAVRA

Poesia

Edição de Autor, 2022

Capa-Especies-Protegidas.jpeg

ESPÉCIES PROTEGIDAS

Contos

On y va, 2021

Gabriela Ruivo reúne em Espécies Protegidas contos com mais de uma década e outros mais recentes. A ideia foi uni-los num todo coeso, num registo que permitisse agrupá-los por afinidades estilísticas, mas sem macular a sua individualidade. O conjunto configura uma taxonomia que vai muito além da mera tentativa de categorização, permitindo encontrar um fio condutor que investe cada conto de um novo simbolismo, em que a lupa da ciência exacta está lá apenas para distorcer a realidade e introduzir novas dimensões de leitura. À medida que as diferentes espécies são apresentadas, o leitor apercebe-se de que este é um corpo vivo, um organismo multicelular, um aglomerado de trocas diversas entre os órgãos vitais num tecido social e emocional complexo, espelho da nossa própria humanidade.

Front.jpg

Gabriela Ruivo fala da poesia como «apenas outro registo de escrita». É algo que, a par da prosa, sempre a acompanhou. As diferenças, vê-as no ritmo e na musicalidade da linguagem. «Os poemas são como fotografias, instantâneos, ao passo que a prosa é cinema», partilha. Em Aves Migratórias a autora apresenta poemas muito diversos entre si e de tempos distintos, alguns inclusivamente publicados em antologias. Diz que são vários mundos, não apenas um, o que encontramos no livro. Ou seja, cada poema é um mundo, por si. Os poemas, assinala, «são como aves, mas também podem ser árvores; um poema é algo que nos faz voar ao mesmo tempo que nos liga à terra, às raízes».

AVES MIGRATÓRIAS

Poesia

On y va, 2019

Críticas

​

"A poesia da Gabriela não utiliza recursos nem artifícios, é uma poesia quase elementar, que vai à essência das coisas, desnudada, onde a simplicidade aparece envolta numa grande beleza, secundarizando o acessório, mas onde tudo se exige."

​

Carlos Júlio

​

“Como refere a poetisa na sua “Advertência”, “O amor é o mais perto que podemos estar do infinito”, e é o amor que está por toda a parte na sua obra, com estrofes de pujança enriquecida como “lamento, sim, / a inocência dos dias / em que não sabia / que era na tua pele / que respirava” "

​

Lalma Domus, DEUS ME LIVRO​

UMA OUTRA VOZ

Romance

LeYa, 2014

PRÉMIO LEYA 2013 E PEN CLUBE PORTUGUÊS PRIMEIRA OBRA 2015

​

João José Mariano Serrão foi um republicano convicto que contribuiu decisivamente para a elevação de Estremoz a cidade e o seu posterior desenvolvimento. Solteiro, generoso e empreendedor como poucos, abriu lojas, cafés e uma oficina, trouxe a electricidade às ruas sombrias e criou um rancho de sobrinhos a quem deu um lar e um futuro. É em torno deste homem determinado, mas também secreto e contido, que giram as cinco vozes que nos guiam ao longo destas páginas, numa viagem que é a um tempo pessoal e colectiva, porque não raro as estórias dos narradores se cruzam com momentos-chave da história portuguesa. (...)


Baseado em factos reais, Uma Outra Voz é uma ficção que nos oferece uma multiplicidade de olhares sobre a mesma paisagem, urdindo a história de uma família ao longo de um século através das revelações de cada um dos seus membros, numa interessante teia de complementaridade.

Críticas

 

“Merece destaque a originalidade com que a autora combina o individual e o colectivo, bem como a inclusão da perspectiva do(s) narrador(es) no desenho cuidado de um universo de vastas implicações mas circunscrito à esfera do mundo familiar ao longo de um século de História.”

​

Manuel Alegre (Presidente do júri), José Carlos Seabra Pereira, José Castello, Lourenço do Rosário, Nuno Júdice, Pepetela e Rita Chaves

​

“A prosa de Gabriela Ruivo Trindade é fluída, segura, sempre correcta, muitas vezes esmerada. Anuncia uma escritora ainda em crescimento mas cuja evolução valerá a pena acompanhar.”

​

José Mário Silva, EXPRESSO

​

“Numa palavra: uma obra-prima.”

​

João Céu e Silva, DIÁRIO E NOTÍCIAS

​

“Uma Outra Voz is a highly original, innovative and rich work of literary fiction.”

​

Andrew McDougall, tradutor

Contactos da escritora

  • Facebook
  • LinkedIn
  • Instagram

© 2024, Clube das Mulheres Escritoras

bottom of page