top of page

Rita Cruz

Nasci na Beira Alta, na cidade da Guarda, e embora a escrita sempre tenha estado comigo de diversas formas, foi longo o caminho até chegar ao romance e à publicação. Formei-me em Relações Internacionais e fui cooperante em missões de Direitos Humanos na Colômbia, Afeganistão e Sri Lanka. Desiludi-me com os aspectos menos éticos das intervenções humanitárias e reinventei-me como fisioterapeuta aos trinta anos. Trabalhei em Portugal, dei aulas no primeiro curso de fisioterapia em Moçambique e, em 2012, fui mãe pela primeira vez. Dois anos depois, com mais um elemento na família, parti para a Austrália, de onde é natural o meu companheiro de vida. Não durámos muito em Melbourne: um ano depois uma proposta de trabalho levou-nos até à Malásia, onde residimos desde então e onde comecei a trilhar caminho nas lides da escrita.

​

O meu primeiro romance, No País do Silêncio, nasceu das inquietações com o esquecimento da importância da liberdade e os riscos que daí advêm. Foi publicado em 2021 e é um retracto impactante da vivência sob uma ditadura: no caso, a do nosso país, mas transponível para outras, passadas e actuais.

​

O meu segundo romance, publicado no Outono de 2022 pela Guerra e Paz, de título A Menina Invisível, pega nos últimos anos da Monarquia em Portugal para explorar, numa época de instabilidade e transições com interessantes paralelos e vínculos com a actualidade, o papel e expectativas da mulher, a doença mental, e as formas que o ser humano encontra para lidar com a perda e o trauma.

​

Vivo em Kuala Lumpur, cidade que me coloca constantes desafios e onde, além de escrever, intervenho como fisioterapeuta numa casa de convalescença para refugiados. Sobre tudo isto, escrevi ao longo de dois anos crónicas publicadas na Visão Online e continuo a escrever, no meu blogue Escrita e Outras Coisas, que vos convido a espreitar.

Rita Cruz.jpeg

Livros

Livros

3D_Book_Menina_Invisivel.png

A MENINA INVISÍVEL

Romance

Guerra e Paz, 2022

E se, impotente perante a violência, uma menina conseguisse entrar tão dentro do corpo até desaparecer nele?

​

Na última década do século XIX, enquanto a monarquia agoniza na capital, uma menina acorda na aristocrática casa do “menino Pedrinho”, numa aldeia do Douro. Não se lembra como, nem entende porquê. E não recorda a noite em que a violência lhe roubou um futuro e lhe concedeu um outro, estranho, solitário e invisível.

​

Passada numa época de instabilidade e transições em Portugal, com interessantes paralelos e vínculos com a actualidade, A Menina Invisível acompanha o percurso de três personagens em episódios que alternam entre candura e violência, explorando temas como o papel e expectativas sociais da mulher, a doença mental, a perda e o trauma.

​

Críticas:

​

“Ao segundo romance de Rita Cruz acede-se através de uma prosa subtil e descomplicada, em que a autora consegue o difícil equilíbrio entre situações de superlativa crueldade e outras de inocência extrema, e nos reconcilia com a vertente humana e imaterial do crescimento, da subjectividade, da crueldade e da morte.”

​

Luísa Mellid-Franco in Expresso

​

“Se na sua primeira incursão ficcional, situada numa aldeia remota portuguesa em pleno Estado Novo, são várias as personagens que se confrontam com as marcas do passado nas suas mais variadas formas, em "A menina invisível" é a protagonista que carrega por inteiro esse fardo. Em ambos os casos, encontramos a mesma vontade da autora de colocar no eixo das narrativas aqueles que, por força das circunstâncias, são vítimas da História, mesmo que tal ocorra sem que nenhuma ação direta lhes possa ser imputada.”

​

Sérgio Almeida in Jornal de Notícias

capa_no_pais_do_silencio.jpg

NO PAÍS DO SILÊNCIO

Romance

Página a Página, 2021

Na alvorada dos anos sessenta em Portugal uma professora esconde-se numa pequena e gélida vila beirã, deixando para trás as consequências de desafiar um regime que não admite ser desafiado. A ilusão de sossego que persegue desmorona-se no primeiro dia de aulas, quando assiste a um incidente violento e se vê para sempre ligada às gentes da vila, até ao dramático desfecho daquele episódio, mais de uma década passada, no crepúsculo do Estado Novo.

​

Atravessando o cenário das resistências políticas ao Estado Novo, da candidatura de Humberto Delgado às manifestações estudantis de 62, No País do Silêncio leva-nos a uma viagem por um país pobre e amordaçado, por vidas condenadas ao sobressalto e pela memória do preço pago — ontem, hoje e sempre — por erguer o humanismo num mundo hostil.

Críticas:

​

“Um belo e emocionante romance: um fresco da segunda metade do século XX português, das suas realidades, sofrimentos e lutas, cuja leitura prende diferentes tipos de leitor, certamente por razões diversas, mas complementares. Um livro recomendável.”

​

João Pedro Mésseder

​

“Uma saga familiar, com personagens cujas vidas e gerações se entrelaçam, que não são perfeitos, nem heróis, para o bem ou para o mal, e que são totalmente marcadas pelas circunstâncias do que foi quase meio século de fascismo.”

​

Ana Margarida de Carvalho

​

© 2024, Clube das Mulheres Escritoras

bottom of page