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Sara Rodi

Apaixonei-me por livros ao colo da minha mãe, que todos os dias me lia uma história. Quando aprendi a escrever, quis transformar as minhas próprias histórias em “livros” – molhos de folhas agrafadas que dava a ler à família e aos amigos. Rapidamente percebi que era na escrita que as minhas ideias se organizavam melhor, e era através da ficção que melhor compreendia e dava a compreender a vida.

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Publiquei os primeiros romances no ano 2000, altura em que me tornei também argumentista - outra forma de dar vida às palavras. A maternidade reavivou-me, entretanto, o encanto pelas histórias infantis, e publiquei já diversos livros e coleções para o público infantojuvenil – obras que levo com frequência a escolas e bibliotecas de todo o país, onde aprendo sempre mais do que dou. Em 2013 regressei ao romance, e é nesse vagaroso fôlego que me apetece agora respirar.

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De vez em quando experimento outras vidas que me ligam à realidade – a de empresária, apresentadora, ativista social – mas é a contar histórias que levem a refletir sobre essa realidade que me sinto mais realizada.

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Livros

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O QUANTO AMEI - FERNANDO PESSOA E AS MULHERES DA SUA VIDA

Romance

Planeta Portugal, 2021

28 de novembro de 1935. Fernando Pessoa dá entrada no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, acometido de fortes dores no abdómen. A cumprir o seu turno, a enfermeira Alice procura tratar-lhe não só das dores físicas, mas também das maleitas da alma, desafiando-o a recordar a sua história, tão marcada pela presença de tantas figuras femininas.

 

Fernando Pessoa viveu a vida inteira rodeado de mulheres — e, ainda assim, reclamando da sua inabilidade para lidar com elas. As mulheres da família, como a mãe Maria, que parecia carregar o mundo às costas; as irmãs, que devolviam a Fernando Pessoa a sua infância perdida; Dionísia, a avó louca; as tias-avós «generalas»; a tia Anica e as sessões espíritas que organizava na sua casa... Também as mulheres com quem podia ter casado, como a eterna namorada Ofélia ou a inglesa Madge. As mulheres que o influenciaram, entre as figuras mais místicas do teu tempo e as escritoras que tentavam, tantas vezes em vão, afirmar-se. E as mulheres que o rodeavam: as empregadas, as vizinhas, as mulheres por quem morriam de amores os amigos...

 

Num tempo em que tanto se discutia o papel da mulher na vida pública e privada — discussão que se arrasta até aos dias de hoje — Fernando Pessoa é levado a questionar-se sobre a forma como cada uma das mulheres com quem se cruzou terá influenciado o seu percurso. A sua obra. O seu destino.

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D. TERESA DE TÁVORA - A AMANTE DO REI

Romance

Esfera dos Livros, 2013

Quando Lisboa tremeu por debaixo dos seus pés, D. Teresa de Távora recordou cada uma das palavras premonitórias que o padre Malagrida lhe escrevera. Cada grito desesperado que ouvia nas ruas destruídas da cidade eram a prova de que era ela a causadora de toda aquela desgraça. Os seus atos pecaminosos. A sua beleza, a sua sensualidade, o adultério vergonhoso que envolvia a sua relação amorosa com o rei de Portugal… Narrado na primeira pessoa e baseado numa minuciosa pesquisa, somos levados a conhecer a vida desta mulher que viveu no século XVIII. Um século marcado pelo trágico terramoto de Lisboa, a ascensão ao poder de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, e o sangrento processo dos Távora. Nesse fatídico dia de 13 de janeiro de 1759, D. Teresa viu morrer no cadafalso o seu marido Luís Bernardo, o irmão, o sogro, a sogra D. Leonor, cunhados e sobrinhos. Perdeu o nome Távora, arrancado da toponímia e dos brasões, manchado pela vergonha para todo o sempre, e perdeu a liberdade por que tanto havia lutado. D. Teresa de Távora não foi casta. Não praticou grandes obras. Não foi uma esposa fiel. Foi apenas mulher. E esta é a sua história.

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D. ESTEFÂNIA - UM TRÁGICO AMOR

Romance

Esfera dos Livros, 2011

Quando D. Estefânia saiu da igreja de São Domingos, pela mão do seu marido D. Pedro V, rei de Portugal, as vozes dos portugueses ditaram-lhe o destino: a rainha vai morta! Vai de capela! Três gotas de sangue haviam-lhe manchado o vestido branco imaculado. A jovem princesa alemã não teve forças para aguentar o peso do magnífico diadema que D. Pedro lhe oferecera como prova do seu amor. Um amor cúmplice, puro e apaixonado, entre duas almas gémeas unidas em propósito, durante 14 meses. Apenas 14 meses.

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Escrito na primeira pessoa, num tom confessional e recheado de emoção, o livro revela-nos a apaixonante história de D. Estefânia Hohenzollern-Sigmaringen. Uma rainha que muitos portugueses viram como um anjo que lhes trouxe a esperança que tanto lhes faltava, sempre disposta a ajudar os mais pobres e desfavorecidos. Não fez mais porque morreu jovem, aos 22 anos, sem ter deixado um herdeiro para o trono de Portugal. Mas deixando um último pedido: a construção de um novo e moderno hospital que prestasse assistências às crianças pobres e desvalidas. O Hospital D. Estefânia.

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