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Stephanie Vasconcelos

Nasci em Krasnodar, na Rússia, em 1989. Filha de uma mãe russa e de um pai luso-angolano, cresci em Cascais até completar o ensino secundário. Em Inglaterra estudei Comunicação e Língua Francesa e sou mestre em Jornalismo Multimédia. Atualmente, mãe e casada, resido em Luanda onde sou especialista em comunicação para uma multinacional. Já vivi em seis países e é pela escrita que abordo a realidade do multiculturalismo, identidade racial, migração e a interseccionalidade como plataformas para a compreensão do ser humano e para a minha própria compreensão.

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Livros

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A TUA MELANINA

Romance

Suma de Letras, 2024

Um livro sobre amor, racismo, medo e famílias partidas.

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Margarida nasceu e cresceu no Estado Novo, mas tinha uma personalidade que não estava de acordo com os valores de então.

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Ela era livre, curiosa e não gostava que lhe dissessem o que podia ou não podia fazer. E foi assim que se apaixonou por Francisco, um angolano alto e elegante que foi parar ao Porto para jogar futebol nas Antas. E como eram ambos jovens, bonitos e não se enquadravam bem no lugar que a sociedade recortou para eles, envolveram-se com toda a paixão que os corpos jovens possuem. E dessa paixão nasceu um bebé, metade português, metade angolano. Pele demasiado escura para Portugal, demasiado clara para Angola. Gabriel cresce solitário e sempre obediente e de cabeça baixa, ensinado por uma mãe que tem medo do racismo e da discriminação contra o filho.

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​Esta é uma saga familiar parte autobiográfica, parte ficção, sobre o amor que não cura tudo, sobre identidade e busca pela felicidade.

Críticas

 

“A Tua Melanina, uma saga familiar que combina elementos autobiográficos com ficção, é a porta de entrada para o mundo criado — e em parte vivido — por Stephanie Vasconcelos, uma jovem autora de talento cujo estilo se destaca por uma beleza profunda e comovente.

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Neste romance de estreia, Stephanie traça com mestria a história de uma família que carrega tanto o peso de um amor proibido como a herança do racismo, navegando habilmente entre momentos de leveza e paixão, e outros de melancolia e lirismo pungente. A autora domina a linguagem com uma sensibilidade única, tecendo metáforas subtis e imagens poéticas que vão além da superfície da narrativa. As suas descrições, com um ritmo natural, dão vida ao romance, transportando-nos para o Portugal do Estado Novo e oferecendo uma visão intimista e compassiva das personagens. Cada cena é uma pincelada emocional que nos aproxima, primeiro de Margarida e depois de Gabriel, levando-nos a sentir tanto a ternura como a dor de serem quem são.

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Há momentos em que a narrativa assume uma leveza quase musical, evocando a euforia dos primeiros amores; noutros, mergulha num lirismo melancólico, onde as palavras refletem o peso da discriminação e da luta identitária. Esta capacidade de transição fluida e emotiva torna a leitura envolvente e genuína, tocando o leitor em múltiplas dimensões.

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Stephanie Vasconcelos revela-se, assim, uma voz promissora na literatura contemporânea, e espero ter o privilégio de ler muitas mais obras suas."

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Gabriela Mesquita Borges, GOODREADS​

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“A escrita da Stephanie surpreendeu-me muito: é cuidada, bonita e cheia de sensibilidade. Nota-se que ela não está a escrever “porque sim”, mas a partir de uma história que lhe é próxima, inspirada pela família.

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Quanto ao livro, gostei bastante da forma como retrata as tensões raciais e sociais em Portugal e Angola, desde os tempos do Estado Novo até à vida adulta da personagem principal. Achei original a forma como o protagonista nunca se sente completamente integrado: demasiado escuro para ser visto como branco em Portugal, demasiado claro para se sentir em casa em Angola. Essa dualidade está muito bem explorada e torna a leitura envolvente.

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Se há um “mas”, para mim foi o final, que senti um pouco apressado. Gostava que a relação do protagonista com o pai tivesse sido mais desenvolvida, e que certas etapas da vida adulta tivessem tido mais espaço. Ainda assim, não retira qualidade ao conjunto. É um livro forte, com uma voz própria e diferente do habitual no panorama português."

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Dora Santos Marques, GOODREADS​

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