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CONFERÊNCIA

A  PALAVRA ESCRITA, ​A MULHER E A PAZ

FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO | 8 DE MARÇO 2025

1.ª Sessão | 10h15 - 11h15

MULHERES COMO DEFENSORAS DA PAZ

A mulher é defensora da paz de várias formas, sendo a escrita apenas uma delas. Relegada ao longo da História para um plano secundário nas esferas de poder, não é por isso que deixam de recair sobre ela consequências duradouras das decisões sobre violência e guerra. Hoje em dia, crescem as vozes que associam a guerra ao patriarcado e perguntamo-nos se isso faz sentido e que papel a mulher desempenha — ou é urgente que desempenhe — na construção da paz.

«É nas mulheres que está o maior potencial de transformação da sociedade, porque são elas que carregam em si o sentido da vida.» 

José Saramago, Reflexões publicadas pela Fundação José Saramago 

Palestrantes

Lúcia Vicente - Foto de Fernando Martins

© Fernando Martins

Lúcia Vicente

Escritora
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© Vitorino Coragem

Rosa Azevedo

Livreira e editora
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© Teresa Núncio

Teresa Núncio

Ativista 
Moderadora

Rita Cruz

Escritora

@ Carla Amaral

Lúcia Vicente​ nasceu em outubro de 1979, à beira da Ria Formosa, em Faro, no sul de Portugal, numa família cheia de mulheres. Já teve milhões de ofícios, mas os seus favoritos são ser escritora-poeta e dedicar-se à educação para os feminismos. A aguardar a publicação do primeiro livro de poesia, Do dia que passa e além mar. Em 2023, publicou No Meu Bairro, o seu último livro para o público infanto-juvenil. A sua frase preferida é: «Morra o patriarcado, morra! Pim!».

Rosa Azevedo é formada em Literatura Portuguesa e Francesa com curso minor em Literaturas do Mundo e tem mestrado em Edição de Texto. Tem realizado, desde 2007, diversos cursos de literatura portuguesa, além de outros trabalhos de produção ligados à literatura, nomeadamente na área do surrealismo, da edição independente e das mulheres escritoras do século XX português. É livreira e editora na Livraria Snob.

Teresa Núncio tem 23 anos, é trabalhadora-estudante no 5.º ano de medicina e ativista no movimento pela justiça social, sobretudo organizada no coletivo Greve Climática Estudantil Lisboa. Participou em ocupações de faculdades pelo fim ao fóssil e pelo fim ao genocídio, no bloqueio em massa da refinaria de Sines, e está atualmente a ser julgada por protestar pacificamente contra o colapso climático, social e político, em frente ao Banco de Portugal, Ministério da Economia, e na própria faculdade, entre outras Instituições que considera representarem um sistema de violência.

Rita Cruz​ nasceu na Beira Alta, e embora a escrita sempre tenha estado consigo, foi longo o caminho até chegar ao romance e à publicação. Formou-se em Relações Internacionais e foi cooperante em missões de Direitos Humanos na Colômbia, Afeganistão e Sri Lanka. Aos trinta anos reinventou-se como fisioterapeuta e foi na Malásia, onde vive há oito anos, que começou a trilhar caminho nas lides da escrita. Em 2021, publicou No País do Silêncio, e um ano mais tarde, publicou A Menina Invisível. Além de escrever, é fisioterapeuta numa clínica para refugiados e no Hospital dos Orang Asli, tribos indígenas da Malásia. Faz parte do Clube das Mulheres Escritoras e escreve regularmente no Substack Escrita e Outras Coisas.

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