
CONFERÊNCIA
A PALAVRA ESCRITA, A MULHER E A PAZ
FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO | 8 DE MARÇO 2025
2.ª Sessão | 11h30 - 12h30
ESCRITA, UMA FORMA DE RESISTÊNCIA E ATIVISMO
Começamos a focar-nos mais no papel da palavra escrita. Consideramos que ela pode ser uma forma de resistência à violência e aos conflitos, mas de que maneiras? Um dos mecanismos será a utilização clara da escrita para denúncia e ativismo, mas outra, mecanismo muito próprio da literatura, é a construção de distopias que alertam para violências estruturais da sociedade. Convidámos escritoras que nos ajudem a explorar estes mecanismos e contamos com Pilar del Rio para nos relembrar como Saramago utilizava a palavra desta forma.
«A palavra tem de ser entendida como um instrumento de luta.
Se um escritor não compreende que ele próprio é uma
força de transformação social, está a renunciar ao seu ofício.»
José Saramago, coletânea José Saramago nas Suas Palavras
Palestrantes

Cláudia Lucas Chéu
Escritora

© Luís Barra
Joana Bértholo
Escritora

Pilar del Rio
Presidenta FJS
© Alfredo Brant
Moderadora

Maria Bravo
Escritora
Cláudia Lucas Chéu é escritora, poeta e dramaturga, e professora na Universidade de Évora e na Escola Superior de Comunicação Social. Faz parte do Clube das Mulheres Escritoras e tem uma vasta obra publicada que pode ser consultada aqui. Da obra publicada, destacamos Confissão, obra de poesia publicada pela Companhia das Ilhas, semifinalista do Prémio Oceanos em 2021, e a obra de dramaturgia Orlando – Tratado sobre a Dignidade Humana que faz parte do Plano Nacional de Leitura.
Joana Bértholo é escritora e dramaturga, e nasceu em Lisboa, em 1982. É licenciada em Design de Comunicação na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e doutorada em Estudos Culturais pela European University Viadrina, na Alemanha. Publicou, na Editorial Caminho, vários romances, livros de contos e literatura infantil. Ecologia, o seu último romance, foi semifinalista do Prémio Oceanos 2019, finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, finalista do Grande Prémio de Literatura DST e nomeado para o Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa 2019. O Museu do Pensamento recebeu o prémio de melhor livro infantojuvenil da Sociedade Portuguesa de Autores 2018 e do Prémio Literário de Fátima na mesma categoria.
Pilar del Rio nasceu em Sevilha, em 1950. É jornalista e tradutora da obra de José Saramago para o espanhol. Iniciou a sua carreira profissional na rádio pública, tendo trabalhado em meios como TVE, Canal Sur, Cadena Ser e El País. Preside a Fundação José Saramago desde 1997. Recebeu a Medalha da Andaluzia, o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, e o Prémio Iberoamericano El Ojo Crítico em nome da Fundação José Saramago, reconhecimentos do trabalho aí desenvolvido. Está pessoalmente envolvida na elaboração da Declaração Universal dos Deveres Humanos, dando continuidade aos ideais e valores de Saramago. É autora do livro A Intuição da Ilha — Os dias de José Saramago em Lanzarote, publicado em 2022.
Maria Bravo nasceu em Miramar, em 1982. Sempre gostou de ler, o que a leva a pensar se, na verdade, não terá nascido no sótão de casa dos pais, o eterno guardião dos livros da família. Nasceu quando começou o seu encanto pelas histórias, ainda pequena. Naturalmente, estudou jornalismo em Coimbra e, nos anos seguintes, passou pela SIC, Rádio Renascença e Mandala. Esteve um ano como voluntária na Beira, em Moçambique. Em 2010, deu uma volta ao mundo gastronómica com o marido, sobre a qual publicou crónicas semanais na Revista do Expresso e, mais tarde, um livro — Comer o Mundo. É autora de dois livros para adolescentes: Cenas de Uma Adolescente e Mais Cenas de Uma Adolescente. Conta-me Tudo Outra Vez é o seu primeiro romance. É membro do Clube das Mulheres Escritoras. Vive em Lisboa com o marido e os quatro filhos.